Dor Femoropatelar (DFP) é um tipo de lesão caracterizada por dor e incapacidade tanto nas atividades diárias (dirigir, limpar a casa, subir e descer escadas) como nas atividades esportivas (corrida, musculação, futebol). Além disso, é uma dor que ao longo do tempo pode aumentar e interferir na qualidade de vida. É uma condição que afeta tanto indivíduos fisicamente ativos como sedentários.
Diagnóstico
Para definir o diagnóstico da DFP é necessário que o paciente apresente principalmente:
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Dor ao redor ou atrás da patela, que é agravada por pelo menos uma atividade de sobrecarga da articulação femoropatelar, colocando peso no joelho flexionado (p. Ex., agachamento, subir/descer escadas, corrida, salto).
Além desses sintomas, os critérios adicionais (não essenciais) que o paciente pode apresentar são:
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Crepitação ou sensação de “raspagem” presente na articulação femoropatelar durante os movimentos de flexão do joelho;
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Incomodo na palpação;
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Pequeno edema;
Fatores de Risco
Uma variedade de fatores pode ocasionar a dor femoropatelar, principalmente aqueles que modificam a mecânica da articulação.
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O alinhamento da articulação femoropatelar anormal e a morfologia (forma) estão associados ao desgaste da articulação (características radiográficas e de ressonância magnética).
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Fraqueza do quadríceps é um fator de risco importante na DFP. Características como a função do quadríceps, o tamanho do músculo e força muscular, são prejudicadas em pessoas com DFP. Além disso, a fraqueza da musculatura do quadril, como glúteos, pode ocasionar dor no joelho.
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Existem evidências recentes de que os indivíduos com desgaste (artrose) femoropatelar demonstram biomecânica anormal durante a marcha. Estudos relataram que aqueles com artrose femoropatelar apresentavam falhas na articulação do joelho e na musculatura de membros inferiores.
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Tratamento
O tratamento é simples e muitas vezes eficaz para melhora da dor e função. A fisioterapia irá trabalhar principalmente com exercícios específicos de fortalecimento tanto para o joelho como para o quadril, pois é a conduta que apresenta maior resultado positivo e já comprovada pela ciência. Além disso, alongamento, terapia manual, eletroterapia (laser e corrente elétrica), e órteses para o pé podem reduzir a dor a curto prazo.
Referência: 2016 Patellofemoral pain consensus statement from the 4th International Patellofemoral Pain Research Retreat, Manchester. Part 1 and 2